A experiência estética, emotiva, contemplativa e perturbadora se relaciona com o direito na medida em que promove alguma turbulência, seja na alma, seja na realidade. Este aspecto artístico do direito é amplamente discutido ao longo da história, e não seria diferente com a fotografia: o discurso fotográfico constantemente se entrelaça com as ideologias jurídicas. Vemos nas capas de jornais e nas livrarias fotografias exercendo uma função social, política e jurídica, funcionando, sem dúvida, como documento histórico e, eventualmente, como objeto subversivo. A maneira como a fotografia constrói um discurso narrativo muito se assemelha ao processo jurídico, e é por meio desta estética da objetividade, realista, que nos interessamos por este diálogo, caminhando entre a realidade e o instante.

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